Tatiana Babadobulos
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol). Estados Unidos, 2011. Direção: Brad Bird. Roteiro: Josh Appelbaum e André Nemec. Com: Tom Cruise, Paula Patton, Jeremy Renner, Simon Pegg. 133 minutos
Faz pouco mais de cinco anos que “Missão: Impossível III” estreou nos cinemas. Com lançamento mundial apontado para quarta-feira, 21 de dezembro, Tom Cruise novamente protagoniza o agente secreto Ethan Hunt no thriller “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (“Mission: Impossible – Ghost Protocol”).
Depois de ser acusado (e preso) pelo bombardeio ao Kremlin, Hunt precisa encontrar uma maneira de finalizar a sua missão, mesmo sem apoio da agência. É por isso que o presidente nomeia a missão de “Protocolo Fantasma”, pois diz, no primeiro discurso, que aquela conversa entre eles nunca aconteceu.
Para a missão, porém, Hunt vai ter apenas agentes inexperientes para prevenir um outro ataque, como a sedutora Jane Carter (Paula Patton, de “Déjà Vu”), que é durona e realiza golpes como ninguém; o técnico Benji (Simon Pegg, o inglês de “Um Louco Apaixonado”), que já estava no filme anterior e aqui foi promovido a técnico de campo e o responsável pela tecnologia da missão. Já Brandt (Jeremy Renner, de “Guerra ao Terror”) é um analista, mas cujo passado é desconhecido. Juntos, os quatro vão ter de encontrar uma maneira de tirar do caminho a assassina Sabine Moreau (Léa Seydoux, a francesa que está também em “Meia Noite em Paris”). Ela, aliás, é uma reencarnação da femme fatale: loira, fria e calculista.
A franquia, que já foi dirigida por Brian de Palma, John Woo e J.J.Abrams (que agora é produtor, ao lado de Tom Cruise), respectivamente, agora está sob a batuta de Brad Bird, em seu primeiro de desafio na direção de um longa-metragem “live”. Isso porque o diretor é vencedor de Oscars, mas especialista em cinema de animação, já que dirigiu “Os Incríveis” e “Ratatouille”, ambos lançados pela Pixar. Bird dirige boas cenas de ação e faz de Cruise o super-herói da vez, responsável por liquidar com o inimigo (a velha briga entre o bem e o mal).
Se o filme anterior tinha como pano de fundo cidades como Xangai, Berlim e Roma, além de a dificuldade de entrar no Vaticano, aqui os agentes da IMF (Impossible Mission Force) vão passear por Budapeste, Moscou, Dubai e Bombaim, sendo que uma das missões será entrar no Kremlin (!).
Pela primeira vez, a fita é apresentada no formato Imax e, logo nas primeiras cenas, o espectador é colocado dentro do filme, em um travelling no qual a câmera faz para começar a contar a história, antes mesmo da abertura com o tema musical que fica martelando na cabeça do espectador durante toda a projeção. A partir de então, já se sabe o que vem pela frente: show de imagens em altíssima qualidade digital, muita ação e com diálogos engraçados, além de som emocionante que faz com que até o chão da sala trema!
Em meio a tanta tecnologia, a trama se utiliza de equipamentos de última geração desenvolvidos exclusivamente para o filme, mas sem abrir mão do merchandising da Apple, por exemplo, quando mostra em close os aparelhos iPhone, iPad e até um iMac. Em uma das cenas, aliás, quando estão dentro do Kremlin, os agentes usam um disfarce que lembra a capa de invisibilidade utilizada pelos bruxinhos de “Harry Potter”. Trata-se de uma sequência bastante engraçada, assim como quando Hunt sai do local, tira o disfarce e faz uma homenagem ao cantor Bruce Springsteen.
Além de terem de enfrentar o inimigo com golpes e, claro, muita imaginação para criar os planos certos para darem certo, eles vão ter de escalar prédios gigantes em Dubai, enfrentar tempestades de areia no deserto, correr pelas ruas de Moscou, desfilar em carrões em Bombaim. Repleto de cenas de ação e muito movimento, “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” também conta com a clássica cena na qual Tom Cruise está no teto do carro em movimento.
Cena, aliás, na qual o ator é especialista, já que a protagonizou não apenas em filmes desta franquia, mas em outros de ação. Para um quase cinquentão, Tom Cruise esbanja boa forma quando estrela as sequências de ação, ainda que, muitas vezes, ficamos em dúvida se ele realmente ganhou uma cicatriz sequer ao final da filmagem.
Diálogos bem humorados traduzem algumas coisas do que o espectador pode se perguntar entre um mérito e outro dos agentes, como a cena quando dois deles caem no rio e são baleados pelos russos. Hunt, então, explica ao colega que não pensou muito no que fazer, apenas teve a intuição certa quando conseguiu despistar os atiradores, e que eles também não têm boa mira, vão apenas atirando… Sem contar a tradução de algumas cenas faladas em russo e, quando surge um palavrão, daqueles que devem ser pra lá de cabeludos, a legenda traz algo inesperado!
Uma coisa é certa: não dá para assistir ao “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (a segunda, se não a melhor da série) esperando ver algo como uma produção de Woody Allen, Pedro Almodóvar, François Truffaut, ou um filme de autor qualquer, ou seja, algo a mais que não seja diversão. Isso porque o filme entrega aquilo o que promete: ação, bom humor e muito movimento com alto e bom som.
Quando se fala em entretenimento, aí sim o espectador sai satisfeito do cinema. Principalmente se o formato escolhido for a tela gigante do Imax.
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol). Estados Unidos, 2011. Direção: Brad Bird. Roteiro: Josh Appelbaum e André Nemec. Com: Tom Cruise, Paula Patton, Jeremy Renner, Simon Pegg. 133 minutos
Faz pouco mais de cinco anos que “Missão: Impossível III” estreou nos cinemas. Com lançamento mundial apontado para quarta-feira, 21 de dezembro, Tom Cruise novamente protagoniza o agente secreto Ethan Hunt no thriller “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (“Mission: Impossible – Ghost Protocol”).
Depois de ser acusado (e preso) pelo bombardeio ao Kremlin, Hunt precisa encontrar uma maneira de finalizar a sua missão, mesmo sem apoio da agência. É por isso que o presidente nomeia a missão de “Protocolo Fantasma”, pois diz, no primeiro discurso, que aquela conversa entre eles nunca aconteceu.
Para a missão, porém, Hunt vai ter apenas agentes inexperientes para prevenir um outro ataque, como a sedutora Jane Carter (Paula Patton, de “Déjà Vu”), que é durona e realiza golpes como ninguém; o técnico Benji (Simon Pegg, o inglês de “Um Louco Apaixonado”), que já estava no filme anterior e aqui foi promovido a técnico de campo e o responsável pela tecnologia da missão. Já Brandt (Jeremy Renner, de “Guerra ao Terror”) é um analista, mas cujo passado é desconhecido. Juntos, os quatro vão ter de encontrar uma maneira de tirar do caminho a assassina Sabine Moreau (Léa Seydoux, a francesa que está também em “Meia Noite em Paris”). Ela, aliás, é uma reencarnação da femme fatale: loira, fria e calculista.
A franquia, que já foi dirigida por Brian de Palma, John Woo e J.J.Abrams (que agora é produtor, ao lado de Tom Cruise), respectivamente, agora está sob a batuta de Brad Bird, em seu primeiro de desafio na direção de um longa-metragem “live”. Isso porque o diretor é vencedor de Oscars, mas especialista em cinema de animação, já que dirigiu “Os Incríveis” e “Ratatouille”, ambos lançados pela Pixar. Bird dirige boas cenas de ação e faz de Cruise o super-herói da vez, responsável por liquidar com o inimigo (a velha briga entre o bem e o mal).
Se o filme anterior tinha como pano de fundo cidades como Xangai, Berlim e Roma, além de a dificuldade de entrar no Vaticano, aqui os agentes da IMF (Impossible Mission Force) vão passear por Budapeste, Moscou, Dubai e Bombaim, sendo que uma das missões será entrar no Kremlin (!).
Pela primeira vez, a fita é apresentada no formato Imax e, logo nas primeiras cenas, o espectador é colocado dentro do filme, em um travelling no qual a câmera faz para começar a contar a história, antes mesmo da abertura com o tema musical que fica martelando na cabeça do espectador durante toda a projeção. A partir de então, já se sabe o que vem pela frente: show de imagens em altíssima qualidade digital, muita ação e com diálogos engraçados, além de som emocionante que faz com que até o chão da sala trema!
Em meio a tanta tecnologia, a trama se utiliza de equipamentos de última geração desenvolvidos exclusivamente para o filme, mas sem abrir mão do merchandising da Apple, por exemplo, quando mostra em close os aparelhos iPhone, iPad e até um iMac. Em uma das cenas, aliás, quando estão dentro do Kremlin, os agentes usam um disfarce que lembra a capa de invisibilidade utilizada pelos bruxinhos de “Harry Potter”. Trata-se de uma sequência bastante engraçada, assim como quando Hunt sai do local, tira o disfarce e faz uma homenagem ao cantor Bruce Springsteen.
Além de terem de enfrentar o inimigo com golpes e, claro, muita imaginação para criar os planos certos para darem certo, eles vão ter de escalar prédios gigantes em Dubai, enfrentar tempestades de areia no deserto, correr pelas ruas de Moscou, desfilar em carrões em Bombaim. Repleto de cenas de ação e muito movimento, “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” também conta com a clássica cena na qual Tom Cruise está no teto do carro em movimento.
Cena, aliás, na qual o ator é especialista, já que a protagonizou não apenas em filmes desta franquia, mas em outros de ação. Para um quase cinquentão, Tom Cruise esbanja boa forma quando estrela as sequências de ação, ainda que, muitas vezes, ficamos em dúvida se ele realmente ganhou uma cicatriz sequer ao final da filmagem.
Diálogos bem humorados traduzem algumas coisas do que o espectador pode se perguntar entre um mérito e outro dos agentes, como a cena quando dois deles caem no rio e são baleados pelos russos. Hunt, então, explica ao colega que não pensou muito no que fazer, apenas teve a intuição certa quando conseguiu despistar os atiradores, e que eles também não têm boa mira, vão apenas atirando… Sem contar a tradução de algumas cenas faladas em russo e, quando surge um palavrão, daqueles que devem ser pra lá de cabeludos, a legenda traz algo inesperado!
Uma coisa é certa: não dá para assistir ao “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (a segunda, se não a melhor da série) esperando ver algo como uma produção de Woody Allen, Pedro Almodóvar, François Truffaut, ou um filme de autor qualquer, ou seja, algo a mais que não seja diversão. Isso porque o filme entrega aquilo o que promete: ação, bom humor e muito movimento com alto e bom som.
Quando se fala em entretenimento, aí sim o espectador sai satisfeito do cinema. Principalmente se o formato escolhido for a tela gigante do Imax.
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