PARASITA (Parasite). Coreia do Sul, 2019. Direção:
Bong Joon-ho. Com Kang-ho Song, Sun-kyun
Lee, Yeo-jeong Jo. 131
min.
“Parasita”, o vencedor da Palma de Ouro em Cannes
e indicado pela Coreia do Sul ao Oscar de filme internacional (ex-filme
estrangeiro), é um produto poderoso. A
narrativa se refere a uma família pobre, que se aproveita de uma oportunidade
de trabalho temporário para um de seus membros, para parasitar uma família
rica.
Para trabalhar essa história, Bong Joon-ho se
vale de uma variedade de gêneros.
“Parasita” é comédia, destila um humor que produz riso na plateia. É também um drama, até bem pesado. Não há personagem que saia incólume de
lá. Tem muito suspense e um sem-número
de surpresas e reviravoltas de tirar o fôlego.
Tem também alguns elementos fantasiosos, surrealistas, eu diria.
Ao mesmo tempo, aborda aspectos da realidade
social que estão subjacentes à situação, mas também explicitados na dinâmica
das classes sociais envolvidas na trama.
Até aspectos políticos da divisão das Coreias aparecem, dando um toque
inteligente em cenas de humor.
O filme consegue intrincar todos esses
elementos dos diferentes gêneros cinematográficos com bastante competência, sem
artificializar as passagens de um a outro registro e sem perder o ritmo. Ao contrário, o ritmo só cresce após cada
reviravolta.
Os desdobramentos das ações, na realidade,
produzem novas histórias e situações-problema.
Constituem-se num desafio novo a cada um dos personagens, deixando
sempre em aberto aonde é que tudo isso vai parar. É um filme imprevisível, mas que conta com um
roteiro muito bem engendrado. É, sem
dúvida, um dos destaques da 43ª. Mostra Internacional de Cinema de São
Paulo.
Obrigado pela resenha, Egys, vai para minha lista de desejos!
ResponderExcluirÓtimo. Mas quem é você? Esqueceu de por o seu nome.
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