TUDO O QUE TIVEMOS (What They Had). Estados
Unidos, 2018. Direção: Elizabeth Chomko. Com Hilary Swank, Michael Shannon, Robert
Forster, Taissa Farmiga, Blythe Danner. 100
min.
Uma mulher idosa sai de casa a pé e caminha
por uma nevasca. O passo seguinte é a
família, marido e dois filhos, um que vive próximo ao casal e outra, que vem de
outra cidade, entrarem em pânico e fazerem buscas para encontrar a idosa
desaparecida. Claro, o que está em jogo
aqui é um comportamento determinado pela doença de Alzheimer, que envolve
conflitos e decisões difíceis a afetar toda a família.
Em “Tudo o Que Tivemos”, Blythe Danner é a
idosa com Alzheimer. Robert Forster é o
marido com quem ela viveu 60 anos de amor e que crê que pode continuar cuidando
dela e amando-a como sempre aconteceu, em casa, sem mudanças. O filho que está sempre com eles, porque vive
próximo, Michael Shannon, já encontrou a saída, um lugar muito apropriado para
internar a mãe, enquanto o pai ficaria próximo, em outro local apropriado. Será preciso vender a casa onde vivem. Hilary Swank encarna o papel da filha mais
distante, que pode se permitir parar para pensar e considerar todas as
possibilidades.
O que mais interessa na trama do filme é esse
conflito básico que hoje muitas famílias enfrentam, no mundo todo, e que não é
nada fácil.
Não há muita novidade na narrativa, concebida
e conduzida por Elizabeth Chomko, nem qualquer inovação a apontar. O filme é uma boa produção independente,
convencional na forma, que vale por um ótimo elenco e um tema cada vez mais
presente e relevante nos dias atuais, em que a longevidade alcançada pela
medicina exige novos approaches
humanos.
MILOS
FORMAN
De 02 a 15 de maio, acontece uma importante
retrospectiva (completa) da obra do cineasta tcheco, naturalizado
estadunidense, Milos Forman (1932-2018), no Cinesesc, São Paulo.
Será possível assistir na tela grande a
sucessos do diretor, como “Um Estranho no Ninho”, de 1975, “Hair”, de 1979, “Na
Época do Ragtime”, de 1981, “Amadeus”, de 1984.
E os últimos trabalhos dele: “Valmont”, de 1989, “O Povo Contra Larry
Flint”, de 1996, “O Mundo de Andy”, de 1999, e “Sombras de Goya”, de 2006. Mas também seus filmes anteriores, bem menos
conhecidos, inclusive os da fase tcheca, como “Amores de uma Loira”, de 1965,
“Pedro, o Negro”, de 1963, e “O Baile dos Bombeiros”, de 1967, entre
outros. Todos os filmes serão exibidos
duas vezes, ao longo da programação. Um
catálogo com todos os filmes e fichas técnicas acompanha a Mostra.
É uma obra de peso, que merece ser vista ou
revista, e uma retrospectiva assim faz jus à importância do cineasta. Os ingressos, como de costume nessas mostras,
é bem acessível. Inteira, R$12,00, meia,
R$6,00, comerciário, R$3,50.
VERA
CHYTILOVÁ
Por falar em cinema tcheco, também está em
cartaz, no Centro Cultural Banco do Brasil, até 13 de maio, a Mostra Vera Chytilová, a grande dama do cinema
tcheco. Aqui se trata,
provavelmente, de conhecer, entrar em contato, com essa obra. Serão apresentados 20 longas-metragens, a
maioria inéditos, e 6 curtas. No fim de
semana de 03 e 04 de maio, serão realizados debates sobre a importância do trabalho
da diretora Vera Chytilová (1929-2014), com a participação da curadora da
Mostra, Rosa Monteiro. Mas haverá muito
a conhecer dessa filmografia, até 13 de maio, no CCBB de São Paulo e também do
Rio, com ingressos a R$10,00 a inteira e R$5,00, a meia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário