Antonio Carlos Egypto
42ª Mostra anuncia finalistas ao Troféu
Bandeira Paulista
Astrid Adverbe, Edgard Tenembaum, Ferzan Ozpetek, Sérgio
Machado e Teresa
Villaverde integram o júri oficial desta edição
Villaverde integram o júri oficial desta edição
Os filmes da 42ª
Mostra que estão na Competição Novos Diretores recebem votos do
público, após serem exibidos na primeira semana da Mostra. As obras mais bem
votadas serão submetidas ao Júri, que avaliará e escolherá os longas vencedores
do Troféu Bandeira Paulista — uma criação da artista plástica Tomie Ohtake— na
categoria melhor filme. Os jurados também podem premiar obras em outras
categorias.
Neste ano, os filmes mais votados pelo público foram A Costureira dos Sonhos,
de Rohena Gera, Ága,
de Milko Lazarov, Chuva
é Cantoria na Aldeia dos Mortos, João Salaviza e Renée Nader
Messora, Culpa,
de Gustav Möller, Deslembro,
de Flavia Castro, ¡Las
Sandinistas!, de Jenny Murray, Meio Irmão, de Eliane Coster, O Mau Exemplo de Cameron Post,
de Desiree Akhavan, Os
Relatórios de Sarah e Saleem, Muayad Alayan, Rir ou Morrer, de
Heikki Kujanpää, Sócrates,
de Alex Moratto, e Yomeddine,
de A. B. Shawky.
Desses
filmes de novos diretores melhor votados pelo público da Mostra, vi A COSTUREIRA DE SONHOS,
um indiano com características mais comerciais, mas bem feito. Conta a
história do envolvimento afetivo entre um patrão jovem que ia se casar, mas não
se casou, e sua bela empregada. Um envolvimento que poderia evoluir para
amoroso, não fosse o fato de que as castas indianas são absolutamente
impermeáveis a mudança. O que vale no filme é como ele mostra essa
realidade rígida que permeia todas as relações humanas e o quanto isso limita a
vida.
OS RELATÓRIOS DE SARAH E SALEEM |
OS RELATÓRIOS DE SARAH E SALEEM, o filme palestino,
também trata de um amor inviável, mas vai mais fundo e entra no contexto
político. Um homem e uma mulher, ambos casados, acabam se envolvendo
sexual e amorosamente, gerando uma dupla traição. Se isso já é um drama,
imagine se esse homem for palestino e essa mulher, israelense? Esse
romance proibido se transformará numa crise política de grandes dimensões em
Jerusalém.
O
dinamarquês CULPA,
que já comentei aqui antes, é um filme notável. Está entre os melhores de
toda a Mostra. Mesmo sem ter visto ainda os outros filmes indicados dos
novos diretores, eu faria minha aposta nele para o troféu. Mas, claro, é
preciso ver os outros. Pode haver novas pérolas entre eles. Tomara
que seja assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário