Antonio Carlos
Egypto
Logo depois da Semana Santa, de 19 a 30 de abril, em
São Paulo e no Rio de Janeiro, acontece o Festival Internacional de
Documentários É Tudo Verdade/ It's All
True. Esta já é a 22ª. edição desse festival,
que conquistou enorme importância na cena latino-americana e mundial.
Fundado e dirigido pelo crítico Amir Labaki, É
Tudo Verdade tem apresentado uma
programação sempre muito relevante, em relação aos documentários brasileiros e
internacionais, tanto em longas como em médias e em curtas-metragens.
Na atual edição, são 82 títulos de 30 países, sendo
16 estreias mundiais. Destaque para a
produção latino-americana, com 7 filmes e nova competição. Uma retrospectiva internacional comemora os
100 anos da revolução russa ou, seria melhor dizer, das revoluções de 1917, a
de fevereiro, que derrubou o tzar, e a bolchevique, de outubro, apresentando
documentários marcantes da produção soviética.
Traz uma dezena de títulos que vão de Dziga Vertov (1896-1954) a
Aleksandr Sokúrov, para citar os mais conhecidos.
A retrospectiva brasileira destaca a obra de Sérgio
Muniz, exibindo 8 trabalhos do diretor, que faz um cinema de resistência e
denúncia muito importante. Uma projeção
especial lembra o trabalho do poeta, ensaísta e artista visual, Ferreira Gullar
(1930-2016). Sessões especiais
homenageiam os cineastas Alexandre O. Philippe, Andrea Tonacci, Bill Morrison,
Jean Rouch, João Moreira Salles e Raed Andoni.
Alguns filmes premiados em anos anteriores estarão disponíveis on line, no canal do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br/canal).
Amir Labaki ao microfone |
Serão promovidos encontros e debates envolvendo os
eixos da programação do festival, oficinas, e lançamento do DVD “Tudo Por Amor
ao Cinema”, de Aurélio Michiles. A Abraccine fará o lançamento, com a Paco
Editorial, do livro “Bernardet 80: Impacto e Influência no Cinema Brasileiro”,
organizado pelos críticos Ivonete Pinto e Orlando Margarido, sobre a grande
contribuição de Jean-Claude Bernardet ao nosso cinema, com textos de 15 autores
diferentes.
As sessões de abertura trarão EU, MEU PAI E OS
CARIOCAS – 70 ANOS DE MÚSICA NO BRASIL, de Lúcia Veríssimo, no Rio de Janeiro,
e CIDADE DE FANTASMAS, de Matthew Heineman, em São Paulo. Lúcia Veríssimo revisita a história do grande
grupo vocal Os Cariocas, é filha de
um de seus expoentes, o maestro Severino Filho (1928-2016). O filme de Matthew Heineman encara de frente
a brutalidade do ISIS (Estado Islâmico) e homenageia os que o combatem com as
armas do jornalismo. Ambos os filmes
constam da programação nas duas cidades.
Todo esse cardápio fílmico tão atraente estará à
disposição do público nos cinemas e todas as sessões são gratuitas.
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