Antonio Carlos Egypto
Dos cerca de 50 filmes que vi na Mostra Internacional
de Cinema de São Paulo, em 2013, não há nenhum que tenha sido “o filme da minha
vida”, como dizia a chamada publicitária.
Nem que eu considere uma obra-prima ou tenha me causado um impacto
inesquecível. No entanto, gostei da
maioria dos filmes. Foi uma seleção de
muito boa qualidade, talvez menos deslumbrante do que em outras edições, mas
muito acima da média do que se lança no circuito comercial dos cinemas,
regularmente.
Uma parte significativa desses filmes será lançada ao
longo dos próximos meses e anos e pode contribuir para a fruição
cinematográfica dos frequentadores habituais dos cinemas. Ou acabará sendo baixada on line ou será conhecida em
DVD ou na TV a cabo. Hoje há muitas
possibilidades de acesso a bons filmes, mesmo os mais raros ou de filmografias
mais distantes. Em que pese o marketing
avassalador e o impressionante número de salas de cinema em que os blockbusters impõem sua presença. E isso, claro, é o que mais repercute nas
diversas mídias. Mas felizmente há os
festivais, como Cannes, Berlim, Veneza e outros, que possibilitam que um outro
tipo de cinema também possa ser visto. A
Mostra de São Paulo, há muitos anos, tem sido um bálsamo para os cinéfilos. Continua sendo.
Pela Confraria Lumière, como fazemos todos os anos,
sou chamado a indicar os filmes que mais gostei de ver na Mostra. Aí vai, portanto, a minha lista dos 10 mais:
PAIS E FILHOS |
1 – PAIS E FILHOS, de Kore-Eda. Japão.
2 – INSTINTO MATERNO, de Calin Peter Netzer. Romênia.
3 – O QUE OS HOMENS FALAM, de Cesc Gay. Espanha.
4 – MISS VIOLENCE, de Alexandros Avranas. Grécia.
5 – UM TOQUE DE PECADO, de Jia Zhang-ke. China.
6 – O GRANDE MESTRE, de Wong Kar Wai. Hong Kong.
7 – CORTINAS FECHADAS, de Jafar Panahi e Kambuzia
Partovi. Irã.
8 – ANA ARÁBIA, de Amos Gitai. Israel.
9 – VIDA QUE SE DESFAZ, de Sébastien Pilote. Canadá.
10 – LA JAULA DE ORO, de Diego Quemada-Diez. México.
Gostaria de destacar, ainda, OS NÁUFRAGOS DA LOUCA
ESPERANÇA, de Ariane Mnouchkien, da França, e O JARDINEIRO, de Mohsen
Makhmalbaf, de Israel-Irã, como sessões cinematográficas muito compensadoras
também.
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