sexta-feira, 23 de agosto de 2013

FESTIVAL DE CURTAS

                         

Antonio Carlos Egypto


Já está acontecendo o 24º. Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.  O evento, já tradicional, reúne este ano mais de 400 filmes de 50 países, distribuídos em sessões com 5 ou 6 curtas, cada uma, de diferentes mostras.  Há a mostra panorama paulista, dedicada ao cinema que é feito no Estado, há a mostra Brasil, que cobre a maioria dos estados brasileiros, a mostra latino-americana e a internacional.  Além dessas, há uma série de mostras temáticas, como cinema de desbunde, estado crítico, black brasil, dark side, libercine, etc.  É tanta opção, que é difícil escolher.  E é tudo gratuito, com ingressos distribuídos antes de cada sessão.




Os cinemas que exibirão os filmes são o Cinesesc, a Cinemateca Brasileira, o Museu da Imagem e do Som, o Espaço Itaú Augusta, o Cine Olido, o Centro Cultural São Paulo e o CINUSP.  Há também cursos, encontros e debates, e o cinema na comunidade, sendo apresentado em vários CEUs e centros culturais da zona leste da cidade.  Além disso, a mostra itinerante chegará às cidades de Sorocaba e Votorantim.

Na abertura, realizada ontem (22/08/2013), foram exibidos cinco filmes selecionados, que puderam mostrar a criatividade da produção em curta-metragem e o seu caráter de experimentação.

CALCUTTA TAXI, do Canadá e Índia, é brilhante, ao compor uma história que surpreende a cada momento dos 20 minutos do filme.  O brasileiro MALÁRIA, de Edson Onda, usa a linguagem gráfica com enorme talento e criatividade, nos seus 6 minutos de duração.  Um bando de girafas, numa sequência de mergulhos acrobáticos radicais, é o tema do francês 5 METRES 80, de 6 minutos.  A MULHER QUEBRADA, do Uruguai, cria, em 8 minutos, um suspense bem eficiente.  E WALKING THE DOGS, da Inglaterra, apresenta um diálogo da rainha com um homem simples do povo, no Palácio de Buckingham.  São 25 minutos de um papo interessante entre alguém que tem toda a fama e conhecimento e alguém sem nenhuma.  Um momento de felicidade da rainha foi passear com seus cachorros.  Hoje leio notícia no jornal, dando conta de que a presidenta Dilma saiu de moto passeando por Brasília, sem que, praticamente, ninguém soubesse.  Coisas banais, inacessíveis à solidão do poder, lá e cá. 


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