Tatiana Babadobulos
Nosso Lar. Brasil, 2010. Direção e roteiro: Wagner Assis. Com: Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno, Othon Bastos, Ana Rosa, Paulo Goulart. 102 min.
O que acontece depois que a gente morre? Uma das maiores dúvidas dos mortais é o que o livro espírita “Nosso Lar”, psicografado pelo médium mineiro Chico Xavier, pretende responder. E, depois de o cinema contar a história dele (e de a televisão exibir novelas e seriados sobre o assunto, como “Escrito nas Estrelas” e “A Cura”, para ficar nos atuais), chega aos cinemas o filme baseado no livro de André Luiz, médico que “ditou” sua experiência após sua morte.
O longa começa impactante: de forma não-linear, conta a história do médico que vivia reclamando dos atendimentos no consultório, e, após sua morte, acorda em um lugar sombrio, o tal limbo: nem no céu nem na Terra. Após ser resgatado com dor e sofrimento, André (Renato Prieto) é levado para o Nosso Lar, local onde recebe um tratamento e começa a entender o que aconteceu com seu corpo e sua alma após o último piscar de olhos “na carne”.
Embora a fita tenha a pretensão de ser didática ao público que não é familiarizado com o espiritismo, há muitas lacunas a serem preenchidas. Por outro lado, é maçante demais quando tenta explicar, como posso dizer?, o inexplicável.
Para diferenciar o mundo terreno do “plano superior” entram em ação os efeitos visuais e a precária direção de arte, que faz a casa onde viveu o médico nos anos 1930 ser do século 19, e o tal plano superior mais moderno que qualquer episódio de “Os Jetsons”. Para essa diferença, aliás, há uma breve explicação: segundo Lísias (Fernando Alves Pinto), um dos responsáveis por apresentar o Nosso Lar a André, tudo começa antes neste plano e só depois, quando um reencarna, é que leva a memória para desenvolver algo bastante tecnológico, por exemplo.
Por falar em efeitos especiais, o longa brasileiro teve essas cenas desenvolvidas no Canadá, na Intelligent Creatures, mesma empresa responsável por filmes como “Fonte da Vida”, “Babel” e “Watchmen”. Embora alguns efeitos sejam bem-vindos, outros são grosseiros, como a criação de uma cidade inteira por computador, fazendo com que pareça falso demais, com o uso do chroma-key (fundo azul).
Além do limbo e do plano superior, há cenas nas quais o personagem vai “visitar” a família na Terra e ver como andam as coisas por lá, enviar um sonho, recados (como o caso do livro), receber mensagens através de orações e até ser visto por alguém durante a passagem de sua alma.
Uma das cenas interessantes e que podem ser aplicadas no nosso cotidiano é a água da paciência. Repare!
Ainda que a maioria dos atores seja desconhecida, há estrelas como Paulo Goulart, Othon Bastos, Werner Schünemann. O protagonista, Renato Prieto, emagreceu cerca de 18 quilos para viver o personagem, além de ter, juntamente com o restante do elenco e da equipe, passado por preparação na Federação Espírita Brasileira e de ter tido contato com o livro do médium.
Dirigido por Wagner de Assis (de “A Cartomante”), “Nosso Lar” é destinado a um público específico, ou seja, o espírita que, no mínimo, já se convenceu da ideia de que existe vida após a morte. Quem não acredita na história, não vai se convencer da produção. Nem adianta tentar.
Nosso Lar. Brasil, 2010. Direção e roteiro: Wagner Assis. Com: Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno, Othon Bastos, Ana Rosa, Paulo Goulart. 102 min.
O que acontece depois que a gente morre? Uma das maiores dúvidas dos mortais é o que o livro espírita “Nosso Lar”, psicografado pelo médium mineiro Chico Xavier, pretende responder. E, depois de o cinema contar a história dele (e de a televisão exibir novelas e seriados sobre o assunto, como “Escrito nas Estrelas” e “A Cura”, para ficar nos atuais), chega aos cinemas o filme baseado no livro de André Luiz, médico que “ditou” sua experiência após sua morte.
O longa começa impactante: de forma não-linear, conta a história do médico que vivia reclamando dos atendimentos no consultório, e, após sua morte, acorda em um lugar sombrio, o tal limbo: nem no céu nem na Terra. Após ser resgatado com dor e sofrimento, André (Renato Prieto) é levado para o Nosso Lar, local onde recebe um tratamento e começa a entender o que aconteceu com seu corpo e sua alma após o último piscar de olhos “na carne”.
Embora a fita tenha a pretensão de ser didática ao público que não é familiarizado com o espiritismo, há muitas lacunas a serem preenchidas. Por outro lado, é maçante demais quando tenta explicar, como posso dizer?, o inexplicável.
Para diferenciar o mundo terreno do “plano superior” entram em ação os efeitos visuais e a precária direção de arte, que faz a casa onde viveu o médico nos anos 1930 ser do século 19, e o tal plano superior mais moderno que qualquer episódio de “Os Jetsons”. Para essa diferença, aliás, há uma breve explicação: segundo Lísias (Fernando Alves Pinto), um dos responsáveis por apresentar o Nosso Lar a André, tudo começa antes neste plano e só depois, quando um reencarna, é que leva a memória para desenvolver algo bastante tecnológico, por exemplo.
Por falar em efeitos especiais, o longa brasileiro teve essas cenas desenvolvidas no Canadá, na Intelligent Creatures, mesma empresa responsável por filmes como “Fonte da Vida”, “Babel” e “Watchmen”. Embora alguns efeitos sejam bem-vindos, outros são grosseiros, como a criação de uma cidade inteira por computador, fazendo com que pareça falso demais, com o uso do chroma-key (fundo azul).
Além do limbo e do plano superior, há cenas nas quais o personagem vai “visitar” a família na Terra e ver como andam as coisas por lá, enviar um sonho, recados (como o caso do livro), receber mensagens através de orações e até ser visto por alguém durante a passagem de sua alma.
Uma das cenas interessantes e que podem ser aplicadas no nosso cotidiano é a água da paciência. Repare!
Ainda que a maioria dos atores seja desconhecida, há estrelas como Paulo Goulart, Othon Bastos, Werner Schünemann. O protagonista, Renato Prieto, emagreceu cerca de 18 quilos para viver o personagem, além de ter, juntamente com o restante do elenco e da equipe, passado por preparação na Federação Espírita Brasileira e de ter tido contato com o livro do médium.
Dirigido por Wagner de Assis (de “A Cartomante”), “Nosso Lar” é destinado a um público específico, ou seja, o espírita que, no mínimo, já se convenceu da ideia de que existe vida após a morte. Quem não acredita na história, não vai se convencer da produção. Nem adianta tentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário