Tatiana Babadobulos
Está marcado no calendário maia, instituído séculos atrás, que, depois de 21 de dezembro de 2012, não há mais nada. Ou talvez haja. Enfim, é baseado no fato de que o mundo vai-se acabar a partir de um grande dilúvio que desenvolve o longa-metragem “2012” .
A fita se desenrola a partir de 2009, quando a alta cúpula dos Estados Unidos e de grandes nações do mundo começam a perceber o perigo que a humanidade corre. Então, os dias vão se passando, até que 2012 chega e tudo o que eles precisam fazer é colocar em prática o que determinaram tempos antes.
Para contar essa história, o diretor Roland Emmerich (de “10.000 a .C.”) usa como mote uma família comum americana. Jackson Curtis (John Cusack) é um escritor fracassado e separado de Kate (Amanda Peet), com quem teve dois filhos. Atualmente, ele faz bicos como motorista de limusine para um empresário russo (rico e egoísta) e ela se casou com um cirurgião plástico. Porém, durante um acampamento com os pequenos, Jackson conhece um “maluco” que anuncia que, de fato, o fim do mundo está chegando.
Ao retornar para casa,em Los Angeles , Curtis descobre que um terremoto passou por ali e tudo o que eles devem fazer é fugir para a China. Paralelamente, membros do governo americano estão se organizando para tomar o mesmo rumo juntamente com alguns cidadãos previamente selecionados, mas sem avisar aos demais. Então, o presidente (negro, vivido por Danny Glover, de “Ensaio Sobre a Cegueira”) desiste de ir e a correria começa.
“2012” é um típico filme-catástrofe que mistura várias tragédias que encontra pelo meio do caminho, tal como já puderam ser vistas em “Inferno na Torre”, “Titanic”, “Poseidon”, “O Dia Depois de Amanhã” (do mesmo diretor), “Guerra dos Mundos” (que também usa a família como gancho) e muitos outros.
Outro enfoque dado por Emmerich é extremamente político, pois envolve os altos escalões de vários países do mundo. Mas a liderança, como não poderia deixar de ser, é dos Estados Unidos. O local seguro escolhido para eles se salvarem não por acaso é a China, o país emergente que cresce sem parar. E a história segue sempre com foco na família, dando um caráter mais humano e de maneira a envolver o espectador e fazê-lo se enxergar naquela confusão, naquela catástrofe natural que acabará atingindo a todos.
Para reunir todas essas catástrofes, o diretor se valeu da tecnologia e dos inúmeros efeitos especiais para projetar terremotos, inundações, destruição de cidades inteiras. E essas inserções começam a ser forçadas, como o voo pilotado pelo cirurgião plástico a beira do caos total, as explosões etc.
Aos brasileiros, foi dedicada uma sequência bastante breve (que ilustra o cartaz de divulgação do filme), que é quando são transmitidas imagens da queda do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, direto da televisão local.
Está marcado no calendário maia, instituído séculos atrás, que, depois de 21 de dezembro de 2012, não há mais nada. Ou talvez haja. Enfim, é baseado no fato de que o mundo vai-se acabar a partir de um grande dilúvio que desenvolve o longa-metragem “
A fita se desenrola a partir de 2009, quando a alta cúpula dos Estados Unidos e de grandes nações do mundo começam a perceber o perigo que a humanidade corre. Então, os dias vão se passando, até que 2012 chega e tudo o que eles precisam fazer é colocar em prática o que determinaram tempos antes.
Para contar essa história, o diretor Roland Emmerich (de “
Ao retornar para casa,
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Outro enfoque dado por Emmerich é extremamente político, pois envolve os altos escalões de vários países do mundo. Mas a liderança, como não poderia deixar de ser, é dos Estados Unidos. O local seguro escolhido para eles se salvarem não por acaso é a China, o país emergente que cresce sem parar. E a história segue sempre com foco na família, dando um caráter mais humano e de maneira a envolver o espectador e fazê-lo se enxergar naquela confusão, naquela catástrofe natural que acabará atingindo a todos.
Para reunir todas essas catástrofes, o diretor se valeu da tecnologia e dos inúmeros efeitos especiais para projetar terremotos, inundações, destruição de cidades inteiras. E essas inserções começam a ser forçadas, como o voo pilotado pelo cirurgião plástico a beira do caos total, as explosões etc.
Aos brasileiros, foi dedicada uma sequência bastante breve (que ilustra o cartaz de divulgação do filme), que é quando são transmitidas imagens da queda do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, direto da televisão local.
“2012” não é um filme composto por diálogos bem-construídos, ao contrário. O arrasa-quarteirão serve mesmo para escancarar as imagens na tela grande e fazê-las contar a história. Neste quesito entra também o fato de não se precisar de atores excepcionais. Em todo caso, Cusack consegue interpretar direitinho o papel que transita entre o pai de família fracassado e o herói que vai salvar a família da catástrofe. Assim como Danny Glover mantém a serenidade para tomar a decisão tal como um presidente que quer fazer o bem para o povo americano.
O longa-metragem é cheio de clichês previsíveis e escancara as imagens impossíveis na tela. Durante duas horas e meia o espectador vai acompanhar cenas repletas de ação e terá o sentimento de que tudo ali é irreal. Porém, quem sai de casa para assistir a um blockbuster americano sobre o fim do mundo não pode esperar outra coisa.
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