sexta-feira, 7 de novembro de 2014

INTERESTELAR


Antonio Carlos Egypto




INTERESTELAR (Interestelar).  Estados Unidos, 2014.  Direção: Christopher Nolan.  Com Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain, John  Lithgow, Ellen Burstyn, Michael Caine.  169 min.


Se você gosta de ficção científica e de aventuras espaciais, certamente vai curtir “Interestelar”, o novo blockbuster em cartaz nos cinemas.  É uma suntuosa produção, dirigida por um cineasta que já tem muitos fãs no Brasil: Chistopher Nolan, que fez a série “Batman”, “A Origem” e “Amnésia”, entre outros.



O filme mostra o que seria uma viagem a outras galáxias, especulando a partir de conceitos científicos existentes, como os polêmicos buracos negros.  E a tal viagem seria indispensável para a humanidade, uma vez que a vida na Terra já teria se exaurido.  Os humanos convivem com insuportáveis níveis de poluição, invadidos por uma poeira permanente, entre outras desgraças.  Daí a missão de viajar para fora desta galáxia, para descobrir se a humanidade poderia ter futuro além das estrelas.

Como diz o personagem Cooper (Matthew McConaughey), “não é porque a humanidade nasceu na Terra que ela deve morrer aqui”.  Essa sobrevivência dos humanos, de qualquer modo, tem um plano A e um plano B.  Tudo depende do que se encontrar do outro lado.





A aventura dá muitas voltas, mas retorna a uma espécie de essência, que envolve fortes vínculos familiares.  Como diz o diretor Nolan, “quanto mais longe vamos ao espaço, mais essa viagem se torna sobre o que somos e o que é o ser humano”.

O espetáculo está garantido: belas imagens, que ganham grande impacto na tela Imax, e mergulha-se no espaço intergalático.  Nolan não abusa da tecnologia digital para produzir tal espetáculo.  Ele cria bastante na realidade não-virtual.  Por exemplo, as tempestades de poeira que atravessam o filme são produzidas concretamente, obrigando os atores a conviver com elas de fato.  Fica menos artificial do que de costume, neste tipo de filme.




Beleza e aventura não faltam, pesquisa e assessoria especializada para lidar com as noções científicas, também não.  O elenco é igualmente bom, de nomes que se destacam na produção hollywoodiana atual, como Anne Hathaway, Jessica Chastain e o protagonista Matthew McConaughey, com direito a um papel para Michael Caine, como o professor Brand.  A duração do filme, no entanto, é excessiva.  Quem não curte especialmente esse gênero de filme vai acabar se cansando.  Quase três horas de filme é demais.  Se a trama fosse mais condensada, seria melhor, mais impactante e atraente.  Possibilitaria uma edição mais enxuta, fortalecendo o entretenimento.



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